Os projetos de pesquisas permitem introduzir aos estudantes a possibilidade de colocar o aluno desde cedo em contato com a atividade científica e engajá-lo na pesquisa. Jovens que entram na faculdade mirando o mercado de trabalho acabam se inserindo em projetos para ampliar seus conhecimentos e adquirir experiência na área.
A vontade de ingressar em uma atividade dentro da universidade levou Carolina Siqueira, 21 anos, acadêmica do curso de história a trabalhar no Projeto de Pesquisa intitulado: Movimentos Sociais Antirracismo e Políticas Educacionais no Brasil (1970-2009): História do discurso racial e Educação como estratégia identitária. O projeto tem por base a análise da construção das narrativas identitárias dos Movimentos Antirracismo, bem como o estudo da construção do discurso racial, identidade e diferença nas Políticas Educacionais no Brasil. Trabalha-se com pesquisa de natureza exploratória bibliográfica, unida a realização de entrevistas em diferentes ambientes educacionais.
Carolina conta que as vivencias que teve nos projetos em que trabalhou, possibilitaram a abertura de muitos horizontes e a ampliação das perspectivas profissionais na pesquisa. A rotina acadêmica, segundo ela, é satisfatória e ao mesmo tempo desgastante. A dedicação para com o projeto é grande e exige um nível de estudo maior. Por isso, o cotidiano dos bolsistas de pesquisa acaba sendo cansativo, já que, é preciso aliar a pesquisa à rotina da graduação.
Aluna do 8º semestre, diz que o que mais estimula o trabalho na pesquisa são as ambições a longo prazo para quem almeja atuar e seguir carreira acadêmica, pois a remuneração dos projetos de pesquisa não é o aspecto mais atraente do trabalho. Toda a inserção do estudante no meio acadêmico, todo o aprendizado e crescimento (profissional e pessoal) que o trabalho na pesquisa possibilita, são aspectos muito importantes e que devem ser destacados. Por ter ingressado em agosto de 2011 ainda não teve resultados para apresentar, mas esteve presente na semana de iniciação cientifica.
Adalberto Souza, 23 anos, estudante de Comunicação Social publicidade e propaganda conta que participou e apresentou um trabalho na semana de iniciação cientifica sobre a coordenação da professora Ana Maria Strochoen, A memória de empresas na internet, um site de históricos de empresas desenvolvido pelos alunos da graduação da Unisc. “O meu trabalho funciona selecionando e catalogando os trabalhos que os alunos fazem durante o semestre e colocando de maneira organizada no nosso site de pesquisa, o que me levou a querer fazer parte do projeto é acreditar que os pesquisadores estão sendo cada vez mais reconhecidos e isso é muito bom, uma vez que isto acaba incentivando novas pessoas a buscar essa experiência para aprender, se desenvolver e apresentar um trabalho bacana", enfatiza.
Adalberto fala que o estudante-pesquisador geralmente tem um perfil mais de correr atrás das coisas, das informações e isso acaba influenciando na vida pessoal. “Levamos isso com nós e isto ajuda a recear nosso currículo acadêmico também.”
Reportagem Débora Paz.
Revisão Veridiana Guimarães e Dóris Konrad.
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